terça-feira, 1 de março de 2011

Em resumo: Show do Bob da Rage Sense

Uma noite de muita diversão, mas também um pouco de política!

"Este show é a minha carreira", disse o rapper Bob da Rage Sense, anfitrião do último show de hip-hop realizado em Angola, no passado domingo dia 27 de Fevereiro.

Para o também activista social, este foi o momento mais alto da sua carreira, tendo em vista que é angolano, e há dez anos que não vinha ao país, limitando a sua carreira artística na Europa, apesar de as suas obras nunca terem deixado de chegar ao país, através de produtora e distribuidoras como a Masta K e a Madtapes.

Para abrilhantar o público que acorreu ao local, músico como Xtremo Signo, X da Questão, Pai Grande, animaram a noite, sem esquecer o já conhecido controverso e contundente rapper Ikonoklasta, que ofereceu aos amantes do hip-hop um dos momentos mais altos do Show, "rappando", para além do "Atrás vem gente", o grande "Khamikaze angolano", e apelando a adesão do público a tão esperada manifestação do dia 7 de Março, desafiando o sistema com qual há muito anda aborrecido.

Estive também no show o grupo Army Squard, que souberam mostrar o quanto valem, apesar da apatia do público, ainda agarrado às teorias de que o underground e o meinstreem (não sei se escrevi bem) sejam como a água e o óleo.

Mas o melhor do show ainda estava para vir. Como prometeu em conferência de imprensa realizada no Elinga, Fuse apareceu com as suas "cenas diabólicas", levando o público ao rubo. Nota dez para o brada que espera estar de volta a Angola com a banda, Os Dealemas.

De salientar que estiveram a acompanhar os artistas os DJ's Afro-Geneses e os convidados Bombajack e Cruzfader, que acompanhar os rappers Bob da Rage Sense e Fusível.

De facto, foi um show para sempre ser lembrado, apesar do atraso de quase hora e meia, o que impossibilitou que o anfitrião cantasse mais temas do seu vastíssimo repertório, sendo que o público saiu até certo ponto insatisfeito pelo facto de alguns dos seus pedidos não terem sido atendidos. Que haja mais shows a esta dimensão, mas também que se respeite mais o tempo e o público, acima de tudo, tendo em vista o sacrifício que este fez para abarrotar o Cine Atlântico, apesar da chuva invejosa que em nada interferiu na festa.

Bem haja o Hip-hop lusófono.
Em breve mais dicas sobre o show, e a conferência de imprensa.

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