terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Cabinda ao rubro - Show de Hip-hop em Fevereiro


Transfusão de sangue novo no Rap Nacional

Asterix é um rapper que ainda passa despercebido por muitos de nós, mas certamente que não tarda o tempo em que até os menos atentos poderão dar pela sua presença e obra. O "brada", um dos promotores do Rap Nacional via internet e não só, em particular em Cabinda, onde está domiciliada a sua "Letal Coligação", lançou recentemente a Mixtape 12 Transfusons, em alusão a mais um aniversário do blog que leva o mesmo nome, "com o intuito de contribuir para a divulgação/promoção de rapper´s conceituados e não conceituados, sem fins lucrativos, de modo a permitir que artistas de diversas culturas pudessem interagir  num único projecto", explica o mano, para quem a capital de Angola, Luanda, "tem sido o porto onde a maioria dos artistas atracam seus navios", havendo, deste modo, necessidade de descentralizar as actividades do movimento hip-hop. "Deixe-me dizer que estamos a reunir condições para reproduzirmos este projecto e a Mixtape Iº Vol. (Observação) de 02K63 em CD e distribuirmos pelas ruas, bairros e municípios de Cabinda e divulgarmos em diversos órgãos de informação", garante Asterix.

A selecção dos mc´s para a colectânea ocorreu mediante um leque de artistas listados pelos promotores do projecto, sendo que os solicitados foram de de Cabinda, Lobito, Luanda (Angola), Moçambique, Brasil e Portugal, entretanto, poucos se mostraram disponíveis. "Claro que não podia falar deste projecto sem mencionar as dificuldades e manifestar o meu descontentamento pela indisponibilidade dos próprios artistas e a falta de honestidade de muitos que por motivos desconhecidos nos deram várias fintas.  Se me permitem dizer, está cada vez mais dificil fazer projectos do gênero e contar com a solidariedade dos artistas, até mesmo aqueles que ousam falar em humildade e que fazem rap por amor e não por dinheiro", desabafa o gestor do blog http://www.12tonline.blogspot.com.

Ainda assim, Asterix mostra-se satisfeito, embora considere prematura avaliar o projecto, visto que  a mixtape foi lançada há bem pouco tempo. "Mas posso adiantar que até agora o feedback tem sido positivo, os nº de Downloads crescem a cada dia que passa, embora honestamente falando, o produto que tendes em vossos dispositivos/em mão não é o que um dia almejei, apesar do esforço de toda malta que se empenhou  sua realização, nomeadamente  a 12transfusons-Kave Imperial Studios/George Bav- Bavmusic e todos os artistas que participaram. Eu sou uma pessoa que nunca se contenta com o pouco, sendo que a tendência deve ser querer mais e exigir sempre o melhor", argumenta o também rapper, residente na província mais a norte de Angola, tendo agradecido, por fim, a todos que participaram do projecto, desde mc´s, produtores, designer´s a blogs/sites.

Detalhes sobre a mixtape:


Mc´s  Particiapntes e não Participantes:
1.       Tecla 6/4 (Cabinda)
2.       02K63, (Cabinda)
3.       Absinto (12transfusons - Luanda)
4.       Resoluto, (Cabinda)
5.        Paiol Sonoro (Moçambique)
6.       Cfk (Luanda)
7.       Asterix o Néfilim(Cabinda)
8.       Flysquad (Luanda)
9.       Denexel(Luanda)
10.   Sacerdoth(Cabinda)
11.   George Bav (Cabinda)
12.   Tião Mc(Luanda)
13.   Xpiráculo (Luanda)
14.   Plamborghini (Cabinda)
15.   Enciclopédia Negra (Luanda)
16.   Jay-B (Cabinda)
17.    Afro-negra (Cabinda)
18.   A.R. Independente (Cabinda)
19.   F. G (Cabinda)
20.   Arma Secreta (Cabinda)
21.   Mr. Jojo (Cabinda)
22.   Wed Nigga (Cabinda)
23.   Citoplasma(Cabinda)
24.   Tozeyzi Mc (Cabinda)
25.   Cova Profunda(Cabinda)
26.   Akam-47(Luanda
27.   Mac D-o-Murmúrio(Lobito- F.E.),
28.   Duas Boss (Lobito - F.E.),
29.   Real Mc( Cabinda)
30.   Cláudio Scobbar (Cabinda)
31.   Batalhão 50 (Portugal)
32.   Lose(Luanda)
33.   Alkappa (Luanda)
34.   Lil Castry (Luanda)
35.   Topológiko (Cabinda)
36.   Balo Balosa (Cabinda)
37.   Stonado (Portugal),
38.   Gangster(Cabinda),
39.   Bang G (Portugal),
40.   Química Cei (Brasil),
41.    Ebony,

Produtores:
Dj Mário(Kargas Produções), George Bav (Bavmusic), Tecla 6/4, António Hespanhol(Kave Imperial Studios – 12transfusons) e outros...

Design:
Gelmiro Pireza e Asterix o Néfilim pela 12tgraphikz

Blogs/Sites.:
12transfusons, Cabmusic, cenasquecurto, Kazadazrimaz, balumukenu, noticiarioperiferico, lusohiphop, aderitojose, flashhiphop, nova3g, aguasturvas, tchiowaunderground, conexaoangola, purohiphop,familiaeterna, gmsrecords e outros..

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Ikonoklasta Versus Damani Van-Dúnem

Já oiço falar do Damani há muito tempo. Temos um amigo em comum que pelos vistos é muito bom amigo dos dois, pois mereceu neste disco do Damani um tema que lhe foi especialmente dedicado. Já cheguei a ouvir um som ou outro e um dos vídeos que ele disponibilizou no youtube, mas, apesar de lhe reconhecer talento, simplesmente não era nada que me tocasse de alguma forma especial. Ainda assim e, vendo que o próprio disponibilizou este novo disco para download gratuito no seu bandcamp, achei que deveria emprestar-lhe mais uma vez os meus ouvidos tentando livrar-me das ideias pré-concebidas que vinham das escutas anteriores. Não me arrependi.

Na verdade, este disco não me preencheu as medidas no que toca à profundidade na abordagem, sendo, a meu ver, algo repetitivo, várias vezes despistando-me e deixando-me sem perceber qual é o foco dos temas.

Dito isto, um disco não se avalia só por aí e, para ser justo, a música se fosse toda compreensível com nítida limpidez, provavelmente não nos desafiaria à reflexão e à interpretação pessoal, perdendo eventualmente um pouco da sua graça.

Há coisas igualmente importantes que se retiram da escuta de uma música ou, no caso, de um disco repleto delas e, uma delas para mim, é a energia derivada da sinceridade no que se diz/canta que tem a capacidade de nos tocar de maneiras que complicam qualquer descrição racional. Terei de dizer que nesse campo, este disco esteve acima da média, sobretudo porque a fasquia das expectativas estava colocada a um nível bastante baixo, saindo eu com a alegria de ser surpreendido.

Para já, a nível de instrumentais, mesmo que não se reinvente a roda, o disco está super bem produzido, com uma musicalidade doce e agradável, atribuindo-lhe uma solidez rara de tão robusta (tem identidade sonora, mesmo os instrumentais que não me mexem tenho de reconhecer que estão bem produzidos).

O "escorrega" (flow) do homem terá poucos defeitos a serem apontados, com uma levada segura e sempre dentro dos tempos, sem grandes oscilações o que poderá jogar tanto à favor como contra, pois poderá eventualmente tornar-se aborrecida após 10 faixas. No caso dele e na minha opinião, será neutro, pois tem um timbre único e um tom sincero que acabam por encobrir os eventuais e reiterados lapsos que me tiram do sério ao ponto de saltar para a faixa seguinte. Esses pontos negativos passo agora a citar:
      - A opção pelo auto-tune para mim é um autêntico corta-tesão.
      - O inglês também não me cativa em absoluto e então quando se faz recurso a ele com a frequência que o Damani faz, pode matar músicas que a princípio teriam tudo para estar no meu leitor de mp3, como o Acto II por exemplo.
      - As frases que não rimam deixam-me um inexplicável amargo de expectativa traída.

Mesmo que as letras não sejam de um exímio domínio da palavra, não são necessariamente pobres e aí sim, posso dizer que é uma dika dele, um estilo próprio, no qual se sente que ele está completamente à vontade.

Há no entanto momentos em que a sua maneira própria de exprimir-se colocam os temas entre o "muito bom" e o "sublime":
    -  Em Aghatusi, Damani aborda com o coração desfeito a tragédia da criança africana e do continente em geral mostrando ser africanista com referências as influências do Egito na ciência moderna, com uma ou outra dika em Swahili e um refrão simples e eficaz.
   -  Em Afri Can, quase como uma sequela de Aghatussi, menciona a angústia de ser colocado numa categoria à parte entre africanos por ter kumbu, recusando a colocação nesse patamar dizendo que a raça "aos meus olhos é só uma". Coloca-se no papel de culpado, num tom auto-crítico sempre salutar e aplaudido pelos meus ouvidos, terminando com uma mensagem positiva e esperançosa "o nosso tempo chegou, é seguir em frente!"
   -  O Ma Trip é uma espécie de celebração do seu percurso, mais uma vez com dikas simples e honestas, assumindo-se por exemplo fã saudosista da francesinha. Tem também um pouco de convencimento em excesso na linha do "só faço classics", mas a variação do instrumental dos versos para o refrão é inebriante.
   -  O Aki na Banda é uma análise fria e "na mouche" da sociedade luandense que encontrou no seu regresso ao lugar para onde "os ponteiros apontaram", em cima de um dos melhores instrumentais de todo o disco. Um tema obrigatório do ano de 2011.

Em suma, é um álbum pessoal, com alguns temas bastante introspectivos, não havendo aqui piscar de olhos ao DJ para estar inserido entre "Abana o vestido" e "Windeck", sendo os seus temas mais animados (Dá-me Money e Make U Mine), dentro da linha dos outros todos, autêntico, sincero... é a dika dele, podemos sentir ou não e este eu senti. Obrigado pelo freebie de alto nível Damani!


01.Hello
02.Dá-me Money
03.Celebra a Vida (Tributo à Jimmy P)
04.Aghatussi
05.Ma Trip (Portugália)
06.Dronner
07.Aki na Banda
08.Afri Can
09.Make U Mine
10.Acto II
11.Bom Dia (Uma Tarde em Paz pt.II)
12.Falam,Falam
13.Iluminado
14.O Meu Belo Guia

Download link:

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

MCK Faz Dueto com Sandra de Sá


Sandra de Sá, ou simplesmente Sá, como é conhecida entre os amigos, é figura importante da Música Popular Brasileira (MPB) e convidou o rapper e activista angolano MCK a participar numa faixa musical, um convite do qual se gerou o tema “evoluir”.
MCK, não deixando em mãos alheias os seus créditos, consegue passar a sua veia artística, num tema bastante aberto e sugestivo poeticamente. O rapper canta: “ Cabeça erguida, evoluir... Olhos virados para o amanhã, com ou sem comida /sempre pronto pra batida, tempestade bro tem prazo, eu estou no aguardo da abonança, as lágrimas do meu rosto regam as sementes da esperança, eu tenho fé eu acredito na mudança, coragem guerreira, coragem….”
 Foi mais ou menos nestes parâmetros que MCK e Sandra de Sá dão alma enquanto interpretam o super tema evoluir. Façam já o free download e sintam az rimaz!

Download link:

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Morro Bento - Mais Show de Hip-Hop


Hip-hop ao rubo

Todas das iniciativas periféricas que visem dinamizar o Hip-Hop são sempre bem-vindas. Desta vez o palco do show será a discoteca CAN CLUB, no Cassequel do Buraco. Marque a sua presença já neste domingo, dia 15, a partir das 14 horas.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Samurai Versus Xtremo Signo


O assunto já percorreu o mundo, portanto não adianta tomar partido das coisas e relatar versões deturpadas sobre o que realmente se terá passado. Entretanto, o que a mim (Sebastião Vemba) resta é lamentar o facto de, em cerca de um mês e meio, dois assuntos terem-se escapado do fórum pessoal para o público. Trata-se nomeadamente do frente à frente entre o MCK e o Dino Cross e agora este entre o Samurai e o Xtremo Signo. Em minha opinião, os dois casos poderiam perfeitamente ser resolvidos sem extrapolar para o fórum público. Entretanto, tenho que admitir que os mesmos, e particularmente o último, vêm mostrar que andamos a tapar o sol com  a peneira, neste hip-hop de fingimentos e nepotismos em que todos somos "amigos" e portanto não deve haver negócios. É mentira! E basta olhar para os produtores que não  gravam se os cantores não pagarem atempadamente, só para exemplificar, e mostrar que o HIP-HOP, à parte o seu valor cultural e filosófico, é um negócio e como tal deve ser encarado. Deve haver contratos, se possível escritos, e os intervenientes têm o dever de obedecer as cláusulas neles integradas e manter sigilo caso seja necessário... Acho que já me alonguei o suficiente. Ao Samurai e ao Xtremo sugiro que mantenham a calma e, serenamente, conversem como adultos e acima de tudo como pessoas influentes de massas que são. Não se esqueçam que, de uma ou de outra forma ,toda esta história denigre a vossa imagem. Haja mais hip-hop, haja mais "deals", mas também compromissos honrados e entendimento mútuo em caso de controvérsia e impossibilidade de uma das partes cumprir.
Abaixo seguem os links para os textos do Samurai e o do Xtremo:

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Halloween e NGA de volta a Angola

Infelizmente não tive oportunidade de estar nos shows que estes dois rappers, Halloween e NGA, já fizeram cá banda, mas parece que ainda terei outra oportunidade. E digo parece porque nem sempre as coisas correm bem, tanto a nível pessoal, devido a contratempos com o trabalho e outros compromissos, como a nível dos promotores e realizadores destes shows, que em muitos casos acabam defraudando as expectativas dos assistentes ou fãs. Espero que este não seja mais um daqueles eventos em que constam nomes de músicos não contactados e que só se manifestam na fase em que os bilhetes se esgotam... Estou ansioso por este show. A ver vamos!


 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Valete, um verdadeiro storyteller

À par de Gabriel o Pensador, Ikonoklasta, Azagaia e Boss AC, Valete é um verdadeiro storyteller. Estes mc's, tal como outros não menos importantes a nível da lusofonia, conseguem em poucas barras criar narrativas surpreendentes e acima de tudo capazes de fazer quem lê prender a respiração, aguardar o verso seguinte como se espera o capítulo subsequente de um livro. E Valete mais uma vez conseguiu fazê-lo através da música SkinHeads, um termo susceptível de várias interpretações, consoante o entendimento individual da história que o mesmo conta, mas que acabam por desembocar na problemática da psicologia rácica, se me permitem usar este termo.

SkinHeads resulta do projecto ''Hip-Hop Series'', criado pela SoHipHop, que tem como objectivo dar a conhecer novos talentos emergentes e ao mesmo tempo juntar MCs já consagrados. Este é o quarto volume e DJ Curzfader é o responsável pela escolha dos sons. A faixa é a primeira a ser disponibilizada deste ao público e conta com a produção de beatmaker brasileiro Nave, que também será responsável por grande parte da produção do álbum de Valete, ''Homo Libero'', que sairá este ano. 



sábado, 7 de janeiro de 2012

Haja mais 2011

Este post, por esta altura, já deve ser encarado como extemporâneo, atendendo a data em que o publico, mas pessoalmente encaro oportuna reflexão que exponho abaixo.

2011 foi em muitos aspectos marcante para o movimento hip-hop nacional, considerando as inúmeros realizações a nível pessoal, por um lado, e por outro colectivo dos seus intervenientes. Por exemplo, a nível pessoal, depois de uma excelente venda em dezembro de 2010, Kid realiza o seu primeiro mega show, reunindo a "família hip-hop" no pavilhão da cidadela em 2011 e no mesmo ano é premeado pela Rádio Nacional de Angola com o terceiro lugar do Top dos Mais Queridos. Ainda a nível individual, 2011 foi marcante para artista como CFKappa e Mona Dya Kidi pela apresentação e venda das suas obras  discográficas - saliente-se que são primogénitas. Outros exemplos assemelham-se ao destes MC's, mas infelizmente não me vêm agora à memória.

Importante também foi o facto de Luanda ter sido o palco do primeiro show da lusofonia, do qual infelizmente não participaram todos os rappers influentes da Comunidade dos País de Língua Portuguesa, mas não deixou de ser um começo importante para a unidade e união dos artistas desta região cultural e linguística do mundo.

Fora da música, assistimos às manifestações protagonizadas por hip-hoppers, o que de alguma forma simbolizou a transposição do protesto dos nossos cadeirões e estúdios para as ruas, malgradas as conotações negativas que estas acções tomaram. A luta não deve parar. E de facto não parou, porque a Universidade Hip-Hop se destacou com a realização de shows e palestras, do qual participaram alguns dos MC's mais influentes da nossa Angola, como Ikonoklasta, Kool Kleva e MCK, este último bem na recta final do ano, na época promocional do "Proibido Ouvir Isto", que fechou em grande o ano de 2011 pela importância do seu artista e prolongada ausência no que à publicação de discos diz respeito.

2012 representa novas oportunidades e desafios para cada um de nós. Ainda sem grandes eventos anunciados, acredite-se que ocorrerão alguns surpresas no que diz respeito a novos grupos e mc's que se vão despontar no panorama do hip-hop nacional, promotores de shows que ganharão destaques por serem cada vez mais inclusivos, como foram a Universidade Hip-hop e o Quintal do Rap, que infelizmente fechou por razões alheias à vontade dos organizadores. Mas, olhando para o ano passado e as vitórias alcançadas, muitos, como eu, são tentados a exclamar: HAJA MAIS 2011!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Pobres Sem Culpa - Cabrito Come onde está amarrado

"Se respeitas o MCK, o MCK me respeita", "A mentira só dura enquanto a verdade não chega", são alguns versos que se sobressaíram ao ouvir este novo single dos Pobres Sem Culpa. Ainda é prematura fazer comentários à volta do mesmo, mas tive a impressão de estar a revisitar os primórdios do hip-hop em Angola, o que me leva a fazer duas interpretações: Poderá este facto representar alguma originalidade e firmeza artística destes mc's ou, pelo contrário que os niggas estejam extemporâneas? É claro que a interpretação depende das orientações artísticas e musicais de quem ouve...

http://www.mediafire.com/?u8a72l7cx36kajq