sábado, 7 de janeiro de 2012

Haja mais 2011

Este post, por esta altura, já deve ser encarado como extemporâneo, atendendo a data em que o publico, mas pessoalmente encaro oportuna reflexão que exponho abaixo.

2011 foi em muitos aspectos marcante para o movimento hip-hop nacional, considerando as inúmeros realizações a nível pessoal, por um lado, e por outro colectivo dos seus intervenientes. Por exemplo, a nível pessoal, depois de uma excelente venda em dezembro de 2010, Kid realiza o seu primeiro mega show, reunindo a "família hip-hop" no pavilhão da cidadela em 2011 e no mesmo ano é premeado pela Rádio Nacional de Angola com o terceiro lugar do Top dos Mais Queridos. Ainda a nível individual, 2011 foi marcante para artista como CFKappa e Mona Dya Kidi pela apresentação e venda das suas obras  discográficas - saliente-se que são primogénitas. Outros exemplos assemelham-se ao destes MC's, mas infelizmente não me vêm agora à memória.

Importante também foi o facto de Luanda ter sido o palco do primeiro show da lusofonia, do qual infelizmente não participaram todos os rappers influentes da Comunidade dos País de Língua Portuguesa, mas não deixou de ser um começo importante para a unidade e união dos artistas desta região cultural e linguística do mundo.

Fora da música, assistimos às manifestações protagonizadas por hip-hoppers, o que de alguma forma simbolizou a transposição do protesto dos nossos cadeirões e estúdios para as ruas, malgradas as conotações negativas que estas acções tomaram. A luta não deve parar. E de facto não parou, porque a Universidade Hip-Hop se destacou com a realização de shows e palestras, do qual participaram alguns dos MC's mais influentes da nossa Angola, como Ikonoklasta, Kool Kleva e MCK, este último bem na recta final do ano, na época promocional do "Proibido Ouvir Isto", que fechou em grande o ano de 2011 pela importância do seu artista e prolongada ausência no que à publicação de discos diz respeito.

2012 representa novas oportunidades e desafios para cada um de nós. Ainda sem grandes eventos anunciados, acredite-se que ocorrerão alguns surpresas no que diz respeito a novos grupos e mc's que se vão despontar no panorama do hip-hop nacional, promotores de shows que ganharão destaques por serem cada vez mais inclusivos, como foram a Universidade Hip-hop e o Quintal do Rap, que infelizmente fechou por razões alheias à vontade dos organizadores. Mas, olhando para o ano passado e as vitórias alcançadas, muitos, como eu, são tentados a exclamar: HAJA MAIS 2011!

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