quarta-feira, 20 de abril de 2011

Rappers auto-censurados?

Recentemente, Angola viveu um período político um tanto quanto conturbado, muito na onda  das manifestações violentas que têm vindo a acontecer na África do Norte, sendo que muitas delas terminaram na deposição dos presidentes. Foi assim que surgiu a manifestação fracassado do dia 7 de Março, convocada pelas redes sociais, sem que os seus promotores dessem os rostos. Corajosos, mas também aventureiros e imprudentes, até certo ponto, foram as pessoas que apareceram no Largo da Independência para a concentração, num horário altamente vulnerável para os manifestantes. Mas o facto importante é que a maioria destas pessoas acabaram detidas eram rappers, entre eles o irreverente Ikonoklasta, Mona Dya Kidi e Carbono. 
 Também é verdade que, em função deste clima que vivemos, foi possível separar, entre os rappers, os ditos undergrounds, revolucionários e mais outros epítetos que os mesmos prefiram, as ovelhas dos lobos. Ou seja, há quem esteja a fazer dinheiro em nove de uma revolução que não sua, que ele não apoio, porque numa de cor e deita fora os seus ideias ao primeiro aperto que tem do sistema.
Mas, para mim foi mesmo mais evidente a ausência deste tais na manifestação do dia 2 de Abril, por uma causa nobre, a Liberdade de Expressão, da qual todos nós precisamos para que possamos fazer a nossa arte, livre e descomprometida com ideais partidários.

Felizmente alguns já se revelaram, como é o caso do Sixckim, que agora todos sabemos que é militante do MPLA, desde 1999. E os outros, de que lá que lado estão? São apartidários, da oposição, ou partido que nos governa? Afinal o país é democrático e não mal nenhum em sermos dum ou doutro partido, ou mesmo apartidários, mas politicamente activos, tolerantes e sobretudo equilibrados...





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